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Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos traz dados surpreendentes.
Recentemente a revista VocêRH fez um post de uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Recursos Humanos que buscava saber como os gestores de pessoas se sentiam em relação ao trabalho. Achei o resultado surpreendente..
70% Não estão plenamente realizados com o que fazem;
28% Dizem ter um senso claro de direção em seu trabalho;
23% Estão contentes com as relações no trabalho;
18% Sentem-se reconhecidos pelos seus colegas;
15% Estão satisfeitos com a própria saúde;
"Nós gestores estamos cuidando das pessoas e esquecendo de nós?" De fato, a liderança é um tema desafiador para cada gestão devido ao papel que os lideres representam como referência a suas equipes e a eficacia para com os mesmos na organização. Em grande parte, os lideres são os responsáveis pelo sucesso ou insucesso de todo o time, trazendo para si o peso da responsabilidade que é gerar resultados através das pessoas. Liderar não é algo tão simples porque exige uma certa maturidade para gerir sentimentos e emoções em um cotidiano muitas vezes repleto de desafios e pressões. Particularmente, considero o papel de liderar uma arte por toda sua engrenagem e complexidade. É claro que muitos consideram um privilegio poder servir através da liderança, mas para outros, quando a atuação é danosa e desmotivada, as dores dessa atividade ficam muito mais evidentes promovendo diversidade de sintomas ruins no profissional. Diante do cenário apresentado na pesquisa, é no minimo preocupante a grande quantidade de gestores que não estão plenamente realizados com o que fazem. A que se deve isso? O que explica tão alta insatisfação? Qual será o reflexo disso para a equipe e para a organização? O objetivo aqui, pelo menos nesse artigo, não é responder tais questionamentos, mas sim, jogar luz sobre essa realidade que parece ser mais comum do que imaginamos, gestores que não se sentem reconhecidos e que aos poucos estão sucumbindo na carreira. O gestor que deseja ir além, superar suas dores, precisa se autoconhecer, identificar suas fragilidades e transformar os desafios em oportunidades. Acredito que a maturidade trazida pela experiência profissional nos ajuda a lidar melhor com os desafios da caminhada gerencial, mas para além disso, é preciso desenvolver a tão falada e pouco praticada inteligência emocional que ajuda a ampliar a nossa capacidade de controlar as emoções, canalizar energias, lidar com frustrações, mantendo a concentração e foco mesmo em situações adversas. A inteligência emocional é um grande diferencial para os gestores modernos e pode auxiliá-los a se relacionar melhor com o seu oficio. Uma boa dica é investir num processo de coaching para desenvolvimento, quem sabe até uma terapia para autoconhecimento e promoção da saúde mental.. procurar focar mais nos aspectos positivos do trabalho, pensar em reverter e não desistir, ocupar-se sempre com algo produtivo e que fomente ideias acabam sendo armas poderosas de prevenção e de busca pela automotivação. Além de tudo isso, é necessário também repensar um pouco a atuação do gestor de pessoas. Seus superiores e subordinados devem encorajá-lo e ajudá-lo a buscar equilíbrio de propósito, alinhamento de carreira e satisfação no trabalho. Entender que, assim como todos, o gestor é um ser humano com limitações ajuda a promover empatia e crescimento mútuo. O mercado tem mudado tanto nas ultimas décadas que esse alinhamento pessoal/profissional se torna elemento essencial para a superação dos traumas e dilemas oriundos da carreira do gestor. O apoio da equipe e dos colegas de trabalho acaba sendo um alento fortalecedor em sua caminhada capaz de fazer total diferença. É importante sempre refletir: o RH cuida de todos, mas quem cuida do RH? O gestor cuida de todos, mas quem cuida do gestor?
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Osvaldo Melo é psicólogo de formação com MBA em gestão de pessoas e coaching; vem atuando de forma generalista na área organizacional com gestão, planejamento e controle dos diversos processos e subsistemas de RH. Idealizador do blog RH Acima da Média, atualmente ministra disciplinas na pós graduação em gestão de pessoas da UNIFACOL e realiza palestras no âmbito das relações humanas, liderança e desenvolvimento profissional em escolas, faculdades, institutos, igrejas e empresas.
Siga: @osvaldopmelo | @acimadamedia_rh
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quarta-feira, 11 de março de 2020
Como os gestores de pessoas se sentem em relação ao trabalho
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